Na semana passada trabalhei em três estados diferentes: Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Na maior parte do tempo, dentro das usinas de açúcar.
Na maioria delas, aquele @umcafezinho corporativo já vem adoçado, com açúcar, logicamente – vide crônica publicada neste espaço sobre esta modalidade de café.
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Como treinei meu paladar para tomar o pretinho sem açúcar, faço um esforço e tomo o pretinho adocicado, quando não há opção.
Quando tenho duas opções: açúcar ou adoçante? Eu fico com a terceira: “Não precisa. Obrigado”.
Estando sozinho, passa batido. Mas se estou perto do Dr. Flávio, que é um engenheiro, professor, cientista e consultor – uma autoridade respeitada no setor sucroenergético – ele me repreende: “Rapaz, você tem que fazer como eu: colocar dois sachês de açúcar, para ajudar os usineiros”.
Ele fica rindo e eu fico vermelho. Porém, enquanto o professor completava a sua frase, eu tratava de secar a xícara: “Já era doutor, agora tomei sem açúcar”.
Nesta jornada recente, consegui achar uma cafeteria que ficava aberta à noite e que servia Illy. Fui até lá.
Fiz uma foto da xícara e coloquei no meu “story”. Um amigo comentou: “Tenho uma curiosidade. Quantas cafeterias e quantas xícaras de café você já conheceu e ingeriu?? #espanto”.
Fiquei sem resposta. Realmente não sei.
Porém, se eu fizesse a mesma pergunta ao Dr. Flávio – um senhor quase septuagenário – ele pegaria uma caneta e um guardanapo, faria umas contas e responderia em 15 segundos, inclusive com a quantidade de sachês de açúcar. Temos que respeitar esses caras mais velhos.
Cápsula de @umcafezinho – O que eles disseram…
“Dize-me com quem andas e te direi se vou contigo”. Barão de Itararé
Marcelo Lamas é cronista. Autor de Indesmentíveis.
@marcelolamasbr
marcelolamasbr@gmail.com
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